segunda-feira, 8 de novembro de 2010

OSSE


OSSE: Necessária sempre!


Muitas pessoas perguntam sobre a OSSE, o que lá acontece e como lá se trabalha. Na realidade muitos perguntam: “O que é a OSSE?”. É fácil de responder e ao mesmo tempo não é! Me explico…
É fácil respondem o que é a OSSE. É a Obra Social Santa Edwiges, fundada a muitos anos, sob a proteção de Santa Edwiges e em função da promoção humana, da assistência aos necessitados e visando um futuro melhor para jovens, para crianças e famílias.
A OSSE é uma obra assistencial e de promoção humana. Assistencial no sentido de socorrer os que precisam. De promoção humana no sentido de plantar um futuro e condições de vida digna.
No aspecto assistencial a OSSE cadastra famílias e pessoas necessitadas e lhes fornece cestas básicas, leite, remédios, etc. Nem sempre é fácil separar quem é realmente carente e quem está ali para usufruir de uma generosidade e assistência gratuitas. Assim, é sempre importante um trabalho de investigação sobre as reais necessidades de cada um. Se alguém que não precisa se serve do que a OSSE oferece, então alguém que precisa pode estar sendo privado do que realmente tem necessidade.
Ainda no aspecto assistencial a OSSE oferece atendimento médico e odontológico, bem como psicológico. Isto é de fundamental importância, pois o sistema de saúde público, embora auto-elogiado pelos governantes, cada um na sua área (nacional, estadual e municipal), ainda são deficitários, quanto não inoperantes. Este trabalho de assistência médica em diversas áreas é fruto da generosidade de muitos: particulares, do Brasil e do exterior, que doam materiais e recursos para o atendimento; profissionais da saúde que doam de seu tempo e trabalho.
Na dimensão da promoção humana a OSSE tenta apresentar caminhos profissionalizantes aos jovens, com cursos diversos. Há sempre um grande número de interessados que, aos poucos, vão se colocando em par de igualdade com quem tem mais condição de um curso semelhante em alguma escola particular.
Outras iniciativas são cumpridas pela OSSE através de parcerias, seja com entidades civis, seja com o poder público. Tudo em função da pessoa, especialmente daqueles que estão mais próximos do Santuário Santa Edwiges. De fato, o Santuário é um lado de um trabalho de evangelização e crescimento humano e religioso. O outro lado é este, o de assistência e promoção humana. E é a OSSE que cumpre este papel.
Se é fácil falar sobre a OSSE é também difícil! A parte fácil está descrita aqui, ao menos em parte. A parte difícil é que ainda há muito o que fazer e poucas pessoas disponíveis para isto. Por isso é difícil falar da OSSE: ela ainda não alcançou o melhor de si pela ausência de voluntários, de empenho de pessoas que têm tempo mas não disposição e dedicação.
É difícil falar de OSSE quando ainda muitas meninas se prostituem, meninos se alienam nas drogas, famílias passam fome e doentes não têm remédios. É difícil falar da OSSE quando ainda precisamos fazer mais. Apenas um caso serve como exemplo: durante meses foi anunciada a necessidade urgente de um profissional de farmácia que pudesse oferecer duas ou três horas da semana para a organização da farmácia da OSSE e algum atendimento técnico. Se houvesse uma resposta rápida e decidida muitos doentes teriam sido assistidos e servidos.
Assim, se você pode doar o seu tempo e conhecimento, talento e desejo de fazer o bem, procure a OSSE e ofereça a si mesmo.

Entrevista


                                            
No ano de 2009, a estudante Juliana Sales, conversou com a fundadora do projeto Casa da Criança Santa Ângela, Angélica Chiavacci (Leiga italiana consagrada). Acompanhe:

Fale-nos um pouco sobre a sua chegada ao Brasil e como surgiu o projeto da Casa da Criança Santa Ângela
Eu cheguei ao Brasil no ano de 1989, convidada pelas Filhas de Sta Ângela (freiras) para conhecer a realidade do país. Fiquei um mês só passeando e o Pe. Álvaro, pároco do Santuário Santa Edwiges na época, pediu que eu ficasse no Brasil para cuidar das crianças da favela. Eu fiquei espantada com o pedido, eu não falava português e já tinha 55 anos.
Retornei para Itália pensando na proposta, resolvi aceitar, me aposente e no dia 10 de agosto de 1990 (Dia de São Lourenço), cheguei ao Brasil com a intenção de morar aqui até o fim da minha vida, mas depois de 5 anos de trabalho, a minha congregação pediu que eu retornasse.
Eu comecei aprendendo a língua. Fazia visitas nos barracos na favela de baixo, (Sacomã) conhecia as famílias e as suas necessidades. Uma mãe me pediu para ajudar seu filho a fazer lição de casa e ali comecei a realizar concretamente minha presença, ajudando com o reforço escolar. Começamos na cozinha dessa família com três crianças, era um barraco. Depois chegaram os filhos das vizinhas e a quantidade de crianças aumentava cada vez mais Adquiri alguns barracos e com o tempo, montamos nossa escolinha.
O projeto era ajudar as crianças a não repetirem a escola. No começo eu só dava duas balas para cada criança, pois não tínhamos dinheiro, depois com alguns amigos italianos, dávamos um copo de leite com bolacha, durante o período que eles ficavam na escola. Atualmente nós damos duas refeições para cada criança, quatro durante o dia e contamos com a ajuda da Prefeitura de São Paulo.

Quais eram as necessidades sentidas antes e agora?
Houve evolução, por exemplo, a Bolsa família dada pelo governo de São Paulo, incentiva as mães a levarem as crianças para escola. Porém, quando falamos de evolução, não há uma verdade absoluta, pois ainda hoje há crianças que moram em barracos. Surgiu uma nova favela construída ao lado da CCSA, pior do que aquela que conheci há 19 anos atrás. Muitas crianças da nossa escola moram nesse local, há aqueles que melhoraram sua condição, mas vão chegando novos a cada ano. Eles não conseguem pagar o aluguel de suas casas e vão morar nos barracos.

Quem são os colaboradores do projeto?
No começo eu era sozinha, eu dava aula para todas as crianças da 1ª a 5ª série. As crianças traziam seus irmãos pequenos para a escola, pois não podiam deixá-los sozinhos. No começo tínhamos uma voluntária que cuidava dos menores, para que eu pudesse dar aula. Com o tempo conseguimos pagar um salário para ela, pois ela ficava conosco durante todo o dia. Também conseguimos dividir as séries com outra professora, que lecionava para 1 e 2ª série e eu para 3ª, 4ª e 5ª.  Crescemos e chegaram novas professoras. No começo todas voluntárias, depois conseguimos pagar seus salários. Inclusive a Célia, atual diretora. Eu orientei e passei a responsabilidade para elas administrarem a casa, pois fui chamada a retornar para Itália. Depois de quase seis anos no Brasil. A Obra Social Santa Edwiges também assumiu conosco esta responsabilidade.
Na Itália comecei pedindo ajuda aos amigos, uma ajuda permanente direcionada à uma criança. Este “padrinho” acompanha e gosta de ver o crescimento de seu “afilhado”. As crianças adoram a idéia de ter um padrinho italiano.

Tem algum fato marcante que a senhora queira partilhar?
Houve um o despejo dos barracos na favela do Sacomã, foi terrível. Eu estava dando aula e chegaram com o aviso de que devíamos sair do local e só tínhamos 15 dias. Houve choro e desespero. A prefeitura ofereceu dinheiro para que as pessoas voltassem para suas casas, muitos deles migrados do Nordeste, mas eles não queriam voltar. Nós lutamos bravamente, fomos até a prefeitura com representantes pedindo um local para essas pessoas. Naquele momento a prefeitura estava construindo o projeto Cingapura, mas já estava destinado à outras pessoas. O meu irmão Pe. Enrico divulgou nos jornais da Itália a situação e eu mostrei para as autoridades brasileiras. O que mais me marcou foi uma passeata que fizemos. Saímos na rua levando bandeira, o Pe. Miguel (pároco do Santuário, após o Pe. Álvaro) estava com os representantes de Heliópolis. Nós paramos o trânsito por 10 minutos, foi somente o que a policia permitiu, mas a mídia registrou todo o acontecimento. No final conseguimos um local para essas pessoas ficarem e também foram recolocados nos prédios do Cingapura.

Depois de quase 20 anos, quais são os seus sentimentos pelo projeto?
O meu sentimento é que Deus fez tudo isso, pois sozinha ninguém poderia fazer. Buscamos fazer a promoção humana cristã, dar dignidade, valorizar o ser humano. E isso se completou com as bolsas parciais de estudo que oferecemos.
Eu sinto uma grande alegria e muito orgulho dessas crianças e jovens. Há um moço que participou da nossa escola no começo, hoje está casado e possui estabilidade. Ele pediu para ser padrinho de uma de nossas crianças, como aconteceu com ele. É fruto desse trabalho.

Gostaria de deixar alguma mensagem aos nossos leitores?
A melhor mensagem que posso deixar é o exemplo. Tudo que aconteceu mostra que Deus nos apóia sempre. Quando a pessoa faz tudo que ela pode, Deus faz muito mais. Deus faz o impossível tornar-se possível!

Lar Sagrada Família

A mais bela idade... 

As estatísticas tem mostrado que o Brasil está ficando cada vez mais maduro. Isto porque, as pessoas estão vivendo mais, tanto que, a média etária do povo tem passado, e muito, dos sessenta anos.

Este é um dos melhores momentos da existência do ser humano, pois já viu e viveu muitas coisas, experiências que culminam na sabedoria. Portanto, o idoso deve ser respeitado e enaltecido, ter o carinho e consideração dos mais jovens, ante a vasta bagagem adquirida ao longo dos anos.
A Obra Social Santa Edwiges acredita nessa idéia, e luta por isso, tanto que, dirige um lar para senhoras idosas e carentes.

Este local, carinhosamente chamado de “Lar das Vovozinhas”, abriga dezesseis lindas e prendadas senhoras, que tem muita estória para contar e experiência de vida para passar.

Elas vivem no lar, cuidam do jardim, gostam de conversar, fazem peças de crochê como boas vovós, costuram roupas, inclusive para serem vendidas nos bazares realizados na Paróquia.

A OSSE cuida destas senhoras com todo carinho e amor que somente filhos queridos podem oferecer. Ademais, proporciona-lhes tratamento médico, seguindo rigorosamente as normas traçadas pela Resolução 283 da Anvisa.

Todavia, para a continuidade desse atendimento, a Obra Social necessita de auxílio da comunidade, precisa de parcerias, voluntários, pessoas que estejam dispostas a doar parte de seu tempo, para proporcionar mais alegria e conforto a mulheres que lutaram sua vida inteira em benefício de outros.

Os brasileiros estão descobrindo a mais bela idade, estão aprendendo que o idoso é um ser humano que foi criança, jovem e adulto, que juntou ao longo de toda sua existência grande sabedoria e tem o direito de participar da vida e ser feliz como todo mundo e precisa de amor, carinho e compreensão.  

Venha conhecer a OSSE e seus projetos! Mais informações no tel.: (11) 2591-2281

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Obra Social e Vida em Comunidade

Valorizar a vida, resgatar a cidadania promovendo a integração social, como resposta à realidade que exige ação concreta imediata.



A OSSE – Obra Social Santa Edwiges foi fundada em 25 de dezembro de 1968, pelo padre italiano Belisário Campanile. O objetivo até hoje é atender a população da favela de Heliópolis, uma das maiores da cidade, com aproximadamente 150 mil moradores, próximo ao Santuário Santa Edwiges.
A OSSE é mantida por doações e parcerias. O desejo de todos é dar fruto às pessoas, especialmente aos mais jovens. E dar um tempo presente para quem precisa de alimentos, medicação e saúde. A qualidade de vida passa pela alimentação, pelos cuidados com o corpo e mente. Isto é dignidade, ética e cidadania.
Projetos

·        Núcleo Sócio Educativo: Atende 110 crianças (de 6 a 14 anos) da comunidade local. É um centro de convivência onde são desenvolvidas atividades recreativas e pedagógicas. O Núcleo funciona de manhã e de tarde, de acordo com o horário escolar de cada criança.

·        Lar Sagrada Família: Atende 16 idosas em regime de internato.

·        Casa da Criança Santa Ângela: Atende 375 crianças com acompanhamento dos estudos escolares, informática, recreação, esporte e lazer.
           Rua Michele Príncipe, 300 – COHAB Heliópolis.

Assistência

·        Farmácia: Disponibiliza remédios para a comunidade de Heliópolis e região.
Horário: Segunda e terça-feira das 8h às 10h.
Documentos necessários:
Original e 1 cópia da receita médica;
1 cópia do RG da pessoa receitada.

·         Atendimento Social: assistente social atende a comunidade local com orientações, oportunidades de trabalho ou indicações, cadastramento e controle de doações de cestas básicas e necessidades básicas (alimentação, roupa e etc) emergenciais.
        Horário: Segunda-feira às 8h.

·         Viva Leite: Programa do Governo do Estado de SP. A OSSE cadastra, controla e distribui leite gratuitamente para as famílias de baixa renda com crianças de 06 a 23 meses.

·   Bazar de Roupas: Aceitamos doações de roupas, calçados e brinquedos. Estas doações são vendidas a preços populares no bazar beneficente em prol do Núcleo Sócio Educativo e outras atividades desenvolvida pela OSSE.
   Horário: Quarta-feira às 13h na OSSE e nos dias de 16 (de cada mês) no Santuário Santa Edwiges a partir das 7h.

·         Advogados e Psicólogos: Profissionais da área que atendem de forma voluntária a comunidade. Consultas e orientações em geral.
      Horário: Segunda e Quinta-feira no período da tarde.

·         Projeto Esperança Ipiranga: Equilíbrio Bio-Psico-Social das pessoas que vivem e convivem com HIV/AIDS. Este projeto possui estrutura própria, com voluntários na área de fisioterapia, acupuntura, florais e podologia. A OSSE disponibiliza sua estrutura física e outras necessidades.
Horário: Terça-feira às 13h.

·         Empréstimo de produtos ortopédicos: A OSSE disponibiliza para a comunidade, como forma de empréstimo, cadeiras de rodas, muletas, cadeiras de banho e andadores.

·         Dentista: Temos somente 1 voluntário que atende as crianças do núcleo.

APOIO:

Santuário Santa Edwiges;
 PMS - Prefeitura Municipal de São Paulo;
SAS - Secretaria de Assistência Social;
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial;
APIBIMI
Michele Ferreti;
FameContro;
Compagnia Delle Figlie Di Santa Ângela di Siena;
Voluntários e Diretores.

Participe desse sonho de vida e crescimento. Faça a sua doação:
Itaú – Agência 0249 c/c 38.265-6